O primeiro passo

Por mais que não se queira admitir, nós nos acostumamos a viver em depressão, em ansiedade, até mesmo em pânico.  

Essas condições horríveis em que vivemos, tornam-se a nossa zona de conforto.  O medo do desconhecido, do mundo lá fora, das pessoas e, principalmente, do fracasso, faz com que nos acomodemos e, até mesmo, de certa forma, nos sintamos seguros, da forma em que estamos, embora, ironicamente, com uma amarga sensação de fracasso.  Mas é uma sensação conhecida e isso nos conforta.

Passamos, então, a viver na mediocridade, na sombra e nas lamentações, tendo certeza, de que essa é a melhor condição que jamais conseguiremos.

A depressão pode ter várias causas: traumas de infância, perdas, problemas financeiros, dependência financeira ou não, de outros, problemas com pessoas que somos obrigados a conviver, lugar ou tipo de trabalho que não gostamos, genética,  Ou pode não ter causa nenhuma, apenas surgir.  Em qualquer dos casos, o inimigo que vamos aprender a enfrentar é o mesmo, nós próprios.  

Por que lamentamos o que nos acontece, o que nos falta, o que nos assombra, o mal estar e a dor na alma que sentimos, e não fazemos nada para mudar?  A resposta é simples, eu mesma, era completamente convencida dela: é porque não depende de nós...  Surpresa, surpresa, depende sim!

Foi quando me decidi a estudar, ler, devorar, tudo que eu conseguisse, sobre o assunto.  A depressão acabou me tornando numa fonte de informações e sou muito grata por isso e o que eu puder fazer para que as pessoas que sofrem desse mal, encontrem o caminho, eu farei.

Esse é o nosso ponto de partida, é aqui que daremos o primeiro passo, para a viagem que faremos a pé.  Você pode e vai se curar, por sua própria conta, como eu fiz.

Repita para si mesmo: eu sou a cura, tudo o que eu preciso para ser feliz e livre desses males, já está dentro de mim, e só encontrar e aprender a usar.  Acreditar e admitir isso, não é apenas o primeiro passo, é um gigantesco primeiro passo e, acredite, o mais difícil.

Vamos nessa?